Febre Maculosa

Postado por Andréia Hamerski , quarta-feira, 12 de maio de 2010 16:32



FEBRE MACULOSA
A febre maculosa, também chamada de febre do carrapato é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pela picada do carrapato da espécie Amblyomma cajennense.

Agente etiológico
A bactéria Rickettsia rickettsii é obrigatoriamente intracelular, sobrevivendo brevemente fora do hospedeiro. Os humanos são hospedeiros intermediários, não colaborando com a propagação do organismo. Pertence à mesma família da Rickettsia prowazekii, bactéria causadora da tifo.

História Natural
A febre maculosa, como todas as rickettsioses, é classificada como uma zoonose. As zoonoses são doenças dos animais que podem ser transmitidas aos seres humanos. Muitas doenças zoonóticas requerem um vetor (por exemplo, um mosquito, um carrapato ou um ácaro) para que possam ser transmitidas do hospedeiro animal ao hospedeiro humano. No caso da febre maculosa, os carrapatos são os hospedeiros naturais, servindo como reservatórios e vetores da R. rickettsii. Os carrapatos transmitem o organismo aos vertebrados primeiramente por sua mordida, menos comumente, infecções podem ocorrer após exposição a tecidos esmagados, fluidos corporais ou fezesarrapato. Os carrapatos da família Ixodidae (carrapatos duros) podem ser infectados naturalmente com a Rickettsia rickettsii. Estes carrapatos têm quatro estágios em seu ciclo de vida: ovo, larva, ninfa, e adulto. Após os ovos eclodirem, é necessário que haja alimentação por uma vez em cada um destes estágios para que o estágio seguinte se desenvolva. Ambos, carrapato macho e fêmea podem morder.

Sinais e sintomas
A febre maculosa pode ser muito difícil de diagnosticar em seus estágios iniciais, mesmo por médicos experientes que estejam familiarizados com a doença. Os pacientes infectados com a R. rickettsii geralmente procuram um médico na primeira semana de sua doença, depois de um período de incubação de aproximadamente 5 a 10 dias após a mordida do carrapato. A apresentação clínica inicial da febre maculosa não é específica e pode assemelhar-se a uma variedade de outras doenças, infecciosas ou não.
Os sintomas iniciais podem incluir:
• febre
• náusea
• vômitos
• dor de cabeça severa
• dores musculares
• falta de apetite
Com a evolução da doença, sinais e sintomas podem incluir:
• exantema petequial
• dor abdominal
• dores articulares
• diarréia

Tratamento
O tratamento antibiótico apropriado deve ser iniciado imediatamente quando há uma suspeita de febre maculosa baseada nos achados clínicos e epidemiológicos. O tratamento não deve ser retardado até que a confirmação laboratorial seja obtida. Se o paciente for tratado dentro dos primeiros 4 a 5 dias de doença, a febre melhora geralmente dentro de 24 a 72 horas após tratamento com um antibiótico apropriado (geralmente uma tetraciclina).Os pacientes severamente doentes podem requerer períodos mais longos antes que sua febre melhore, particularmente se experimentaram lesões aos múltiplos sistemas orgânicos. Tratamento preventivo não é recomendado para os pacientes mordidos recentemente por carrapato e que não estejam doentes; isto pode, de fato, apenas atrasar o início da doença.

Prevenção e controle
Limitar a exposição aos carrapatos é a maneira mais eficaz de reduzir a probabilidade de infecção com a febre maculosa. Nas pessoas expostas aos ambientes infestados por carrapatos, a pronta inspeção e remoção cuidadosa de carrapatos, aderidos ou não, são os métodos importantes de prevenir a doença. Algumas horas de aderência à pele podem ser necessárias até que os organismos sejam transmitidos do carrapato ao hospedeiro humano. Atualmente, nenhuma vacina licenciada contra a febre maculosa está disponível. O controle biológico com o uso de fungos, parasitas nematódeos e vespas pode desempenhar um papel alternativo nos esforços integrados para o controle do carrapato. As estratégias comunitárias integradas para controle dos carrapatos podem tornar-se uma resposta eficaz de saúde pública para reduzir a incidência das infecções carreadas por carrapatos. Entretanto, limitar a exposição aos carrapatos é atualmente o método mais eficaz da prevenção.

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